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O baço, um órgão altamente friável e ricamente vascularizado, com funções imunológicas e hematológicas, por sua localização, é extremamente suscetível à lesão traumática, principalmente em trauma contuso. Nos países ocidentais o trauma contuso excede em muito o trauma penetrante como causa de lesão esplênica e os acidentes de transito são a causa mais comum de trauma fechado do abdome. A lesão esplênica também pode ser resultado de ferimentos penetrantes como tiros, ferimentos por arma branca ou costelas fraturadas, casos em que as chances de outras lesões intra-abdominais associadas são altas. A observação de que a esplenectomia é compatível com a vida, foi feita por Aristóteles e, posteriormente, confirmada por Wiren e Morgagani entre o final do século 17 e o inicio do século 18. Na primeira esplenectomia foi sugerido que, em pequenas lesões esplênicas, a esplenectomia parcial poderia ser realizada. Nos dias atuais, o desenvolvimento das técnicas apuradas de diagnóstico, principalmente de imagem, bem como a monitorização e o consenso de que a remoção do baço reduz a capacidade de combater infecções apontam para a necessidade de operações conservadoras e, mesmo, de tratamento não cirúrgico. Contribuindo com esses novos conceitos, o Professor Doutor António Ribeiro da Silva Filho, anatomista de formação e experiente cirurgião de trauma, traz à luz publicação de importância inconteste para todos os que militam na cirurgia do trauma. A obra, distribuída em vinte e oito capítulos. é um estudo exaustivo do baço, indo desde o histórico da anatomia do órgão, sua segmentação, vascularização, técnicas conservadoras, esplenorrafia, esplenectomias parciais e totais, tudo embasado em estudos anatômicos feitos pelo autor e seus colaboradores, ao longo de mais de trinta anos de pesquisas nesse mister. De leitura agradável, repleto de informações atuais e práticas. o livro será importante ferramenta de estudo e subsidiará, não só cirurgiões maduros, mas principalmente, residentes de cirurgia geral e de cirurgia do trauma.