Pensar, cuidar, ensinar, empreender. Quatro verbos e uma grande profissional

Ela chegou a cursar filosofia, encantou-se com a área da saúde após viver um drama familiar, sonha em ser professora universitária e é sócia de uma clínica que integra Medicina e Fisioterapia. Aliás, um quinto verbo pode ser adicionado à lista da fisioterapeuta Karilane Maria Silvino Rodrigues, de 24 anos: vencer! E não para por aí.

A cidade de Pacoti, distante 95 km de Fortaleza, é conhecida pelo clima serrano, pelas belezas naturais e pela cultura. Porém, para os ex-professores, ex-colegas de curso, colegas de trabalho e pacientes da Dra. Karilane Rodrigues, a menção àquela cidade do maciço de Baturité trará, a partir de agora, a lembrança de uma grande profissional. Foi por lá que Karilane nasceu, recebeu sua formação familiar e iniciou sua caminhada escolar. Até os 14 anos, a experiência de ter sido educada em um colégio de freiras pode ter lançado as bases do espírito fraterno que a acompanha até hoje.

A chegada à capital cearense a fim de completar os estudos e buscar um melhor encaminhamento profissional foi uma etapa importante na vida de Karilane Rodrigues, que ainda tão jovem se viu pela primeira vez morando distante dos pais, mas com o acolhimento de uma tia. A família foi mesmo a maior inspiração em tudo. Já cursando filosofia na Universidade Estadual do Ceará, um episódio ao mesmo tempo triste e enriquecedor alteraria as percepções de futuro profissional da jovem. A avó materna sofre um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e se interna em um dos hospitais de referência do estado: o Sarah Kubitschek. A neta dedicada logo descobriria que ali havia algo além do amor familiar. Havia uma verdadeira vocação.

Assim, começou a história profissional de Karilane Maria Silvino Rodrigues. A permanência no hospital como “cuidadora” fez que ela se decidisse pela fisioterapia. “Na época, minha família e eu não tínhamos condições de pagar uma faculdade particular. Mesmo assim, eu fiz minha inscrição e minha prova escondida. Uma semana depois de o resultado ter saído, liguei para minha irmã e pedi que ela olhasse no site da Unichristus. A primeira reação da minha mãe foi em se preocupar como seria pago o curso. Bem, um tio que mora em São Paulo pagou o primeiro semestre. Paralelamente, tão logo pude, fui me inscrevendo em bolsas de pesquisa e monitorias. No 4º semestre, consegui a aprovação no FIES”, revelou-nos.

Na Unichristus, Karilane foi galgando espaços como pesquisadora discente e monitora dedicada. Isso lhe valeu a confiança e a amizade dos mestres e colegas. “Minha trajetória aqui dentro foi a melhor possível, fiz parte do Centro Acadêmico, engajei-me em tudo o que a Unichristus oferecia, dei sugestões, eu e meu grupo conseguimos bastante coisa em parceria com a IES”, enaltece. Por aqui, ela ainda estagiou na Clínica-Escola de Fisioterapia e nos campos de estágio de nossa instituição, tais como o da Comunidade dos Cocos. O senso de responsabilidade social ficou ainda mais aguçado nessa época. Mas, ao mesmo tempo, os primeiros estágios em clínicas de fisioterapia ajudaram a preparar um outro lado não menos nobre: o da empreendedora.

Karilane tanto se destacou em um estágio que logo foi convidada a integrar o projeto Meficlinic. Hoje a empresa vem consolidando-se no mercado das clínicas de fisioterapia de Fortaleza, onde a profissional desenvolve um trabalho de HIDROTERAPIA. “A Meficlinic realmente acompanha o paciente, desde que ele entra até depois que acaba o tratamento. Nós temos o cuidar como um diferencial, prezando não pela quantidade de atendimentos, mas sim pela qualidade. Fazemos tratamentos individualizados, conscientizamos o paciente de que ele não deve ter pressa, pois queremos a cura. Nós também damos palestras sobre ergonomia em empresas”, enumera. Para se ter uma idéia do sucesso inicial da empresa, a Meficlinic já tem na sua carteira de clientes o Marina Park Hotel.

Porém, se você acha que ser sócia de uma empresa que está ascendendo no mercado de saúde de Fortaleza é tudo para ela, está muito enganado. Karilane ainda encontra tempo para atender pacientes em domicílio, fazer mestrado em Ciências Fisiológicas na Universidade Estadual do Ceará, já chegou a dar aulas em cursos técnicos de radiologia e integra o Programa Saúde da Família (PSF) em Pacoti. Isso permite o reencontro com a terra natal todas as segundas-feiras. “Com o professor Emílio Praxedes, da Unichristus, eu aprendi a importância do atendimento comunitário. O mínimo de conforto que a gente puder dar a eles já faz uma grande diferença. No PSF, a gente acaba trabalhando um pouco como psicoterapeuta também, por causa dos problemas dessas comunidades”, compara.

Nas raras horas de descanso, a família mais uma vez aparece em destaque, e os amigos não ficam de fora. E não nos esqueçamos do verbo sonhar. Entre os sonhos da jovem e exitosa fisioterapeuta, estão o crescimento empresarial e a docência universitária. A inspiração vem de professores que marcaram a passagem dela pela Unichristus. “Eu adoraria que, quando isso acontecesse (ela se tornasse professora universitária), eu tivesse a oportunidade de lecionar nela. A Unichristus continua cuidando de mim, mesmo depois de eu ter me tornado uma egressa. Por exemplo, eu brinco dizendo que a professora Ediara se tornou uma espécie de segunda mãe para mim”, resume.

Também se destacariam entre as inspirações dela no mundo docente “as professoras Romina Mourão, Mara Marúsia, Valdeleda Uchôa, Andréa Braide, Márcia Cardinale e os professores Emílio Praxedes e Saulo Medeiros. Todos se preocupam comigo ainda e constantemente me mandam e-mail para acompanhar meus passos fora daqui e me aconselhar. Eu também ganhei uma bolsa da Unichristus para fazer uma especialização e estou estudando se farei na área de geriatria e gerontologia ou se aguardarei surgir algo na área de traumato-ortopedia”, planeja. Não só a Unichristus como também todo universo da área de saúde torcem pelo contínuo sucesso da Dra. Karilane Rodrigues e que ela continue transformando vidas com seu talento no cuidar.