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Estudos de Criminologia, obra elaborada pelos alunos do Curso de Direito da Faculdade Christus, corno resultado do Grupo de Estudos em Criminologia, realizado no primeiro semestre do ano de 2003, sob nossa coordenação, é um convite a explorar os mais diversos aspectos que envolvem o fenômeno delitivo. Nada mais atual que Estudos de Criminologia no presente momento de crise generalizada das instituições em nosso país. Especificamente no que se refere à problemática do delito, a questão se acentua em relevância, pois a violência é um termômetro da crise social que assola a sociedade. Não mais satisfazem as velhas e pragmáticas fórmulas de resolução dos conflitos sociais. Sucumbe em meio ao caos o modelo neoliberal de Estado, com suas políticas públicas demagógicas e superficiais, inaptas a resolver o problema da criminalidade, por não alcançarem a complexa estrutura que o envolve. Estudos de Criminologia leva o leitor a refletir sobre a necessidade de deitar os olhos sobre as raízes da criminalidade superando os paradigmas impostos pela “sociedade dos extremos”, em que a maioria m embrutecida pela tragédia da miséria, vivendo a margem de castas do consumismo desenfreado. E em meio à desilusão de alguns, alienação de outros, estes alunos do curso de Direito da Faculdade Christus merecem todos os aplausos, por se terem proposto a laborar na compreensão dos motivos determinantes do crime, produzindo estudos sobre sociologia, psicologia e antropologia criminais, dentre outros, visualizando de forma bastante clara os fatores que circunscrevem o delito. Move-os a crença de que possível modificar urna realidade quando se a conhece em profundidade. Por fim, vimos expor a honra de ter coordenado este empolgante grupo de estudo, dizendo da saudade que sentimos das reuniões aos sábados, momentos de discussão e muita reflexão. Cremos que após esta jornada conseguimos todos vislumbrar o significado das sábias palavras de Bertold Brecht, ao afirmar que “Do rio que tudo arrasta todos dizem violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o oprimem”.