O TRABALHO PÓS-PANDEMIA – REALIDADE E PREVISÃO

Postado em 05/10/2020

A experiência forçada da pandemia de Covid-19 levou a diversas alterações de comportamento na vida pessoal e profissional de todos os seres humanos. A continuidade dessa situação tem modificado o dia a dia de todos, impulsionando a busca de novas formas de superar o desafio do trabalho com a exigência do distanciamento e do isolamento social.

Os resultados das análises apontam para algumas tendências que poderão perpetuar-se após a pandemia, propondo novo significado às várias formas de lidar com situações de trabalho, normas, processos, liderança, etc. Várias formas de trabalho foram e estão sendo redefinidas, como modelos de negócios, estruturas físicas, comportamentos, modos de controle de produtividade, desempenho e resultados.

Essas tendências podem ser apontadas como uma elevação das relações de trabalhos remotas provocadas pela flexibilização do modus operandi que forçosamente foi imposto pela pandemia, levando as empresas a rápidas e necessárias adaptações. Estudos mostram que a capacidade e as respostas produtivas dos funcionários em trabalho home office foram iguais ou, até mesmo, superiores aos registros anteriores à pandemia em muitas áreas e tipos de empresas.

Portanto, as empresas na pessoa de seus líderes devem atentar para a forma como as pessoas estão repensando o trabalho e como os negócios foram afetados nesse novo momento da vida na Terra. As fronteiras se aproximaram mais ainda em todas as áreas de negócios, saúde, crenças religiosas, educação e muitas outras, fazendo com que os comportamentos fossem modificados abruptamente. Dessa forma, responder com eficácia a esse NOVO é uma forma de garantir a superioridade sobre os concorrentes.

Outrossim, observam-se algumas tendências sobre o futuro do trabalho, a saber:

  1. A flexibilização das propostas de trabalhos, inclusive com repercussão na lei trabalhista, favorecendo ao aumento de produtividade, com atenção aos protocolos de saúde e segurança no trabalho. Alterações nas regras de home office integral ou parcial, flexibilização de horários e forma de ganhos salariais.
  2. Forte tendência à ampliação do trabalho remoto, pesquisas apontam que 48% dos funcionários trabalharão de forma remota pós-pandemia. O reflexo dessa experiência se deu no ganho de produtividade e de qualidade de vida dos funcionários, mesmo em confinamento.
  3. No período pandêmico, muitas demissões foram necessárias devido ao fechamento ou ao encolhimento de empresas, bem como o trabalho autônomo ou freelance tomou outra proporção, ampliando esse modelo, impulsionado também pelos ganhos em inovação tecnológica e ferramentas de trabalho. A informalidade tende a crescer.
  4. Impulsionado pelo isolamento social, as ofertas de cursos na internet foram expressivas, levando muitas pessoas a aproveitarem esse período para renovarem seus conhecimentos. Segue em período pós-pandemia a busca por profissionais que estejam atentos ao aprendizado contínuo.
  5. As relações entre indivíduo e organização também foram atingidas nesse período, assim como entre as organizações e a sociedade. O cuidado com os colaboradores reflete na marca empregadora e consumidora, impactando positiva ou negativamente, considerando a comoção causada por meio dos cuidados que as organizações demonstram com seus colaboradores, transparecendo uma experiência mais humanizada.

O vírus que assolou o planeta forçosamente nos levou a repensar muitos comportamentos, relacionamentos, forma de vida, mas principalmente reforçou as preocupações com o Ser Humano individual e coletivamente.

Profa. Ms. Fabiana Sousa
Coordenadora da Central de Estágios e Empregos Unichristus