Iniciativa recebeu aporte de R$400 mil do Sesi Senai e será lançada pela Unichristus e Impacto Protensão

Depois de cinco anos em desenvolvimento, o retinógrafo portátil desenvolvido pela Dra. Márcia Benevides Damasceno, em parceria com Centro Universitário Christus (Unichristus) e a empresa cearense Impacto Protensão, está pronto para ser comercializado e auxiliar no tratamento de quem sofre com doenças da visão.

Concebido por Márcia durante seu mestrado em saúde pela Unichristus, o projeto Retina Fácil consiste em um dispositivo portátil denominado retinógrafo, destinado à realização do exame de fundo de olho e crucial para a detecção de várias condições, como glaucoma, diabetes e hipertensão.

Orientado pelo professor Dr. Marcos Kubrusly, o retinógrafo opera em conjunto com um aplicativo que simplifica o acesso ao exame para indivíduos que não possuem formação profissional em oftalmologia. Através do app “Retina Fácil”, avaliações podem ser realizadas para preservar a saúde ocular e facilitar o acesso aos diagnósticos.

“É um equipamento prático, portátil, de baixo custo e totalmente tecnológico. A ideia é impulsionar esse produto para o mercado, diante da relevância social e do impacto que ele pode ter nas áreas de serviços de saúde mais escassos”, explica Márcia. “Acreditamos que o projeto salvará a visão de muitos pacientes que sofrem, por exemplo, com retinopatia diabética. A partir do Retina Fácil, será possível melhorar a saúde de muitos”, acrescenta o professor Marcos.

Parceria com o Sesi Senai

Para viabilizar o projeto, a Unichristus convidou a empresa cearense Impacto Protensão, detentora de 21 patentes de produtos relacionados a materiais sustentáveis, para fazer um investimento inicial e melhorias no protótipo.

A Impacto, por sua vez, submeteu o projeto ao edital Sesi Tech, do Departamento Regional Ceará do Sesi Senai, que estimula o desenvolvimento de soluções inovadoras, em produtos e/ou serviços, direcionados para a Saúde para o setor da indústria. A iniciativa foi bem recebida e custeada em R$ 400 mil.

Agora, já finalizado, o projeto será apresentado ao mercado e também destinado à atenção básica de saúde das redes municipal e estadual. “É possível que uma parte desses equipamentos possa ser disponibilizada para entidades ou localidades carentes de forma gratuita. De toda forma, ter um produto pronto, surgindo de uma pesquisa científica, demonstra uma atuação concreta dos estudos realizados em benefício da sociedade”, frisa Tomaz Rocha, coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica da instituição de ensino.